Minha Biblioteca Técnica - Parte I

Já falei antes sobre a importância da leitura para profissionais da área de informática. Como estou montando para mim uma pequena biblioteca técnica, resolvi compartilhar com vocês a lista de livros que já tenho. Alguns não têm edição em português, o que é apenas mais um incentivo para que você vá estudar inglês.

Se você está pensando em adquirir algum e saca inglês, deixo a dica de pesquisar o preço das edições originais. Em alguns casos eles saem bem mais baratos que as edições nacionais, ainda mais em tempos de dólar baixo.

Aí vai, então, a primeira parte da lista.



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Utilizando UML & Padrões: O primeiro livro técnico que li, o que contribuiu bastante para que eu desse valor desde cedo aos companheiros folhudos. Li a segunda edição lá pela metade da faculdade e quando a terceira foi publicada não pensei duas vezes antes de comprá-la. Craig Larman trata de dezenas de assuntos com os quais devemos lidar durante um projeto, desde a descrição de casos de uso até a indicação de boas soluções baseadas na orientação a objetos, ao mesmo tempo em que detalha todos os pontos importantes da UML. Recomendável para aqueles que já estão no ramo há um certo tempo e precisam aprimorar suas habilidades.


Padrões de Projeto: Um dos livros mais influenciadores que há, citado na bibliografia de centenas de obras, copiado por muitos e inspirador de outros tantos. É um catálogo de soluções comuns e genéricas para problemas recorrentes. Apesar de essencial, não é um livro fácil. Este é o tal do qual falei certa vez sobre já ter comprado há um bom tempo mas nunca ter terminado de ler, por não conseguir entendê-lo. Agora que já tenho mais uns anos de experiência nas costas estou tentando mais uma vez. O pouco que já li e entendi me fez um programador melhor. Recomendo para quem já tem uma longa estrada percorrida.


Code Complete: Um dos livros mais iluminadores que já li. Ele trata de como escrever código melhor. Ao contrário do que parece, ele não é um livro que ensina a programar, mas sim a programar melhor. Você precisa saber o básico de programação para poder aproveitar o que ele tem a oferecer. O livro trata das mais variadas facetas do trabalho de programar: como tratar erros, como escrever comentários, técnicas de indentação, como nomear classes, métodos e variáveis, tuning, programação defensiva, entre muitos, muitos outros. Uma característica interessante do livro é que ele não se prende a uma linguagem de programação específica. Há exemplos em Java, Visual Basic, C++, PHP, entre muitas outras. Deveria ser obrigatório para todos aqueles que trabalham na área.


Refatoração: Um extenso catálogo de maneiras de modificar o código de um programa sem modificar seu funcionamento, mas aperfeiçoando sua organização, tornando-o mais claro, limpo e fácil de manter. Tem desde técnicas simples para mover métodos até extensos processos de reorganização de hierarquias de classes. Sabe aqueles recursos de refatoração que você encontra no Eclipse, no NetBeans e em outras IDEs? Todas estas idéias saíram deste livro. A diferença é que nele há muito mais informação, como o porque de cada refatoração. Recomendo do iniciante ao experiente.


Explicando Padrões de Projeto: Uma excelente introdução ao mundo dos padrões. Se não é tão extenso quanto o livro Padrões de Projeto, é, em contra-partida, muito mais fácil. Seus autores, com o uso de um único e gigantesco exemplo, mostram como os padrões podem ajudar no desenvolvimento de projetos bem feitos.


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Veja aqui a segunda parte da lista
Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins

Revistas On-Line

Eu adoro ler. Jornal, revista, artigo, blog, livro, twitter, bula de remédio, rótulo de lata de extrato de tomate... qualquer coisa que caia na minha mão é devidamente devorado.

Mas com o tempo eu fui vendo que não é muito divertido você comprar tudo o que quer ler. Não apenas por conta do dinheiro que você gasta, mas também pelo volume ocupado depois pelo que você comprou. E é um volume inútil porque, afinal de contas, você raramente lê alguma coisa mais de uma vez. Geralmente você compra uma revista e depois ela fica lá largada na estante da sala até que alguém resolva guardar num canto do guarda-roupas ou então jogar fora.

E não dá uma tristeza danada jogar papel fora? Minha consciência pesa quando faço isso, mas é o jeito.

Ainda espero pelo dia em que os e-readers como o Kindle se tornem baratos e tão lugar comum quanto os mp3 players que carregamos em nossas bolsas. Mas até lá eu gostaria muito que os jornais e revistas vendessem seu conteúdo na íntegra, pela internet, a preços bem mais acessíveis. Acredito que o número de vendas seria muito grande.

Exemplo: a revista Rolling Stone publicou uma matéria sobre as 100 maiores músicas brasileiras de todos os tempos. Eu fiquei com uma vontade daquelas de ler a matéria, mas desanimei, por ter que pagar por uma coisa que vou ler apenas uma vez e que depois vai ficar ocupando espaço da minha estante (e, mais tarde, da minha lixeira). Já na edição online, é possível ver apenas as dez primeiras músicas da lista. (Update: descobri que depois que a edição posterior foi lançada, já é possível ver a lista completa)

Não seria muito mais interessante se a gente pudesse pagar um preço justo para ler a edição online? Já que a editora não gastaria nada com papel, com transporte, com intermediários, etc e tal, o preço da edição virtual poderia ser uma coisa bem barata, coisa de, sei lá, um real. Aí você teria acesso para ler somente aquela revista, online, quando quisesse.

Outro exemplo: eu adoro ler o Segundo Caderno dO Globo que sai às terças feiras, porque traz matérias sobre música. Mas, puta merda, pagar por um jornal inteiro só pra ler duas páginas é sacanagem. Eu pagaria, de muito bom grado, uns centavos para poder ler as matérias online.

Algumas revistas, como a Época, já oferecem o conteúdo online, mas para quem já é assinante. Isso é uma mistura do mundo atual e do mundo ideal: o leitor tem a facilidade de ler a revista online mas ainda assim é obrigado a ficar com a edição em papel.

Copa do Mundo e Olimpíadas: Voluntariado

Eu não sei vocês, mas achei excelente a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Muita gente anda falando que vai ser a maior mamação de dinheiro da história do Brasil, que pode não dar certo, coisa e tal.

Sim, eu sei que todos estes problemas vão acontecer em maior ou menor grau, mas não dá pra negar sua importância para o Brasil e que serão eventos gigantescos, lindos, inesquecíveis.

E eu, claro, quero participar. Não quero ser apenas um sujeito passivo que vai ver a maratona passar. Eu quero dizer que, mesmo fazendo pouco, ajudei a tornar reais estes eventos.

As inscrições para a Copa 2014 ainda não estão abertas, mas já fiz meu cadastro para as Olimpíadas 2016.

E vocês, queridas leitoras, vão estar lá também?

Buzinas

Eu sou uma fábrica de ideias. Passo o dia inteiro tendo tudo quanto é tipo de ideias e teorias sobre qualquer coisa que passe pela minha cabeça. Uma que volta e meia me tem vindo à mente é sobre buzinas.

Desde que vim trabalhar no Rio de Janeiro passei a ter noção do quanto é sacal ficar trancado em um ônibus três horas por dia ouvindo buzinas para todos os lados. Os inventores do mp3 player têm um lugar cativo no meu coração, pois não sei o que seria da minha vida se não pudesse passar esse tempo ouvindo música.

Não consigo entender o que leva um boçal, que é o quarto ou quinto de uma fila de carros, a buzinar desesperada e freneticamente assim que o sinal abre. Ele acha o que? Que a sua buzina tem um poder mágico de empurrar os outros carros para a frente?

Aí vem a minha teoria sobre as buzinas: elas poderiam ter um número limitado de usos. E por limitado eu digo limitado mesmo, coisa de quinze a vinte buzinadas. Buzinou vinte vezes, já era, babau, vai ter que comprar outra. Buzina de moto, então, deveria durar menos tempo ainda.

Aposto que o mundo seria um lugar melhor de se viver.

Assim será minha monografia

Introdução

Capítulo 1 - O Que é Mineração de Dados

Dados - Informação - Conhecimento

1.1 - Definição
1.2 - História
1.3 - Funcionamento
1.3.1 - Resultados possíveis
1.3.2 - Algoritmos
1.4 - Exemplos


Capítulo 2 - Como o Weka Funciona

2.1 - História
2.2 - Interface
2.2.1 - Explorer
2.2.2 - Fluxo de Conhecimento
2.2.3 - Experimenter
2.2.4 - Linha de Comando
2.3 - Extensibilidade
2.4 - Biblioteca acessável externamente


Capítulo 3 - Estudo de Caso

3.1 - Sobre a cadeira
3.2 - Descrição do trabalho
3.3 - Resultados


Conclusão

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A introdução e a abertura do primeiro capítulo estão prontas. Querem ler?

Indicação de Blog Bom

(...) E imerso em minha própria felicidade, não tive tempo de acordar de um sonho e perceber que viver é igual em qualquer lugar do mundo. O que muda, se é que muda, é o tempo que demora para acostumarmos à paisagem até que fique cinza de novo. E novamente temos que fazer um esforço para redescobri-la, recriá-la... (...).

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(...) Eu não; acho que é uma oportunidade de ouro ouvir um pouco e talvez receber um grande ensinamento de quem vivencia a vida da maneira mais intensa possível: sendo esmagado por ela. (...)

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Agora que já sentiram o gostinho, façam-me o favor de adicionar o blog do Wellington Jesus à sua lista de assinaturas.

Profissionais Lêem Livros

Vivemos em um mundo tão rápido, em que soluções fast-food nos parecem a única saída sensata quando enfrentamos um problema durante um projeto, que esquecemos uma das obrigações de todo bom analista de sistemas: ler bons livros.

Mas quem quer passar dois meses lendo um volume de 400 páginas, pesado, feito daquela coisa ultrapassada chamada papel, quando uma busca rápida no Google pode resolver o assunto em 5 minutos?

Bastam umas boas palavras-chave, um par de cliques, um control-C-control-V que, voilá, o problema está resolvido antes que o seu chefe perceba que você estava tendo dificuldades e demorando com o serviço.

No máximo, os únicos livros que passam pelas suas mãos são aqueles livrinhos de referência vendidos a 15 reais em qualquer livraria de tecnologia.

Não quero aqui tirar o valor destes livros de consulta ou das buscas no Google. Eles são, sim, uma fonte valiosa de conhecimento que podem ajudar muito naquela hora em que nada mais parece funcionar. Quero, na verdade, mostrar que eles não são a única maneira de adquirir conhecimento. Livros, o bons livros, são uma das melhores companhias que um profissional de tecnologia pode ter.

A escolha de uma bibliografia e sua leitura metódica é um dos caminhos mais seguros para enriquecer a sua caixa de ferramentas como profissional.

Não se preocupe em devorar vários livros rapidamente. O mais importante é absorver conhecimento e não apenas ler por ler. Velocidade aqui é uma das coisas que menos importam. E também não se assuste se, às vezes, você não compreender muito bom o que ler, pois certas coisas exigem experiência.

Há um livro que comprei há quase três anos que até hoje não cheguei à metade, por ser um tanto complexo, mas cada vez que o pego, vejo com outros olhos coisas que já tinha lido e consigo entender o que antes parecia estar escrito em russo.

Lembre-se de algo interessante que já li em alguns livros: se você ler pelo menos um livro técnico por ano, pode se parabenizar porque já está acima da média: a maioria dos que trabalham na área simplesmente não lê um mísero livro por ano.

Pensando um pouco no assunto, acho que ler livros é uma das características que diferenciam os amadores dos profissionais. De que lado você está?


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Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins


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Vou publicar em breve uma lista de bons livros de TI, mas por enquanto minhas leitoras já podem passear pelas prateleiras do Submarino.




Reforma de Casa: Todo Pedreiro é Burro

Esta é a lição que mais demorei para aprender em toda a minha jornada na reforma da minha casa: todo pedreiro é burro. Não apenas tapado ou lesado, mas BURRO.

Eu demorei para aprender isso porque agia com eles assim como eu espero que ajam comigo: quando alguém me contrata para realizar um serviço qualquer, eu assumo que a pessoa espera de mim um trabalho disciplinado, consciente, organizado e que vá direto ao ponto.

Eu imagino que a pessoa pense o seguinte de mim: "este é o trabalho do Mário, ele é profissional, e sabe o que está fazendo, portanto não preciso ensinar a ele o seu trabalho. Além disso, não preciso ficar fiscalizando tudo o que ele faz, pois é um cara responsável e não vai fazer merda."

E é exatamente assim que eu pensava dos primeiros pedreiros a quem confiei as obras da minha casa: obras eram o trabalho deles, ele eram profissionais, e sabiam o que estavam fazendo, portanto não precisava ensinar a eles o seu trabalho.

Com isso eu só me fudi. Um trincou a minha caixa d'água e colocou os conduítes de forma que ficaram inutilizados depois de bater a laje. Outro fez cômodos fora de esquadro e contra-pisos ocos que tive que arrancar mais tarde. Um terceiro usou granitos em lugares errados e pediu pedras de tamanho errado. E teve ainda aquele que levantou uma coluna apenas para derrubá-la semanas mais tarde, pois era inútil. Enfim, todos - TODOS - fizeram cagadas históricas.

Tudo porque o idiota aqui pensou que eles eram profissionais competentes e capacitados.

No quinto pedreiro, tomei mais cuidado. Apesar de me parecer mais esperto que os outros, não quis correr o risco. Sempre que podia estar junto dele, fiscalizando os serviços dele, lá estava eu perguntando e dando pitaco em tudo.

Querida leitora, não cometa este erro e confie em seu escritor favorito: acredite, todo pedreiro é burro.

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Leia toda a série sobre reforma de casa.

Regras de Digitação

Com a proliferação dos computadores nos escritórios e a consequente obsolescência das máquinas de escrever, os velhos cursos de datilografia foram para o saco. Com isso, muita gente está escrevendo a torto e a direito, seja em emails, seja em blogs, seja em documentos oficiais no trabalho, sem ter a mínima noção de que existem regras que regem o trabalho de escrever um texto.

Não estou falando de ortografia ou gramática, mas sim de datilografia. Sim, datilografia, por que digitar é apenas uma versão modernosa deste trabalho secular. Faço aqui uma compilação de algumas regras que aprendi quando fiz este curso no Senac aqui da minha cidade, há mais de doze anos.

Pelo que leio por aí, várias destas regras são ignoradas pela maioria das pessoas. Espero que isso te ajude a escrever melhor, querida leitora:

1 - Não se dá espaço antes de pontuação. Todos os pontos possíveis ficam junto à última palavra escrita. Exemplo de texto errado:

Eu comi arroz , feijão , batata frita e bife .


2 - Depois de vírgula e ponto-e-vírgula, um espaço. Depois dos demais pontos, dois espaços. Esta é uma regra às vezes difícil de se seguir porque em textos na internet dá um trabalho extra para se colocar dois espaços seguidos, mas em documentos é fácil de se fazer. Exemplo de texto errado:

Isto é o que eu comi:arroz,feijão ,batata frita e bife! E você?


3 - O parêntese de abertura é incorporado à palavra que vem em seguida, como se fizesse parte dela. Logo, ele tem um espaço antes e nenhum depois. Já o parêntese de fechamento é incorporado à palavra quem vem antes dele. Logo, não tem espaço antes. Exemplos de textos errados:

O Mário( autor do blog Vovó Viu a Rede )já publicou um livro.
O Mário ( autor do blog Vovó Viu a Rede ) já publicou um livro.


Tá, eu sei que é bobagem e que ninguém hoje em dia se preocupa mais com isso, mas eu queria compartilhar. De qualquer maneira, se a leitora se interessou pelo assunto e quer digitar melhor, lá Mercado Livre estão vendendo o melhor programa-curso de digitação que já conheci, o da HJ. Melhor que este só mesmo o curso que fiz no Senac.

Conversas Furtadas

- Mário, você sabe o que é um arquivo CHM?
- Sim. São arquivos de ajuda.

Outro, se intrometendo:

- Não, não, não... arquivo CHM é arquivo de help.

Telas de Toque

Monitores que têm a capacidade de responder ao toque dos dedos não são tecnologia nova. Eles já estão espalhados nos terminais de caixa eletrônicos há muitos anos. Só que até recentemente esta tecnologia era muito cara e impraticável para o consumo popular, e só era usada com freqüência nos pequenos e caros palmtops usados por vendedores de grandes empresas e por geeks mais abastados, mas isso é coisa vem mudando rapidamente nos últimos meses.

Vários dispositivos andam aparecendo por aí que estão dispensando os botões físicos na interface para colocar tudo em telas sensíveis ao toque. E já chegaram até ao Fantástico!

Os exemplos mais simples vêm dos telefones celulares e das câmeras digitais. Nos celulares, o iPhone é um nome importante neste jogo, e não faz feio. Já a Sony, por exemplo, já está colocando no mercado câmeras cujo visor LCD trazem recursos ativados pelo toque.

Eu não sei se as câmeras digitais ou outros telefones fazem isso, mas o iPhone traz um avanço assaz interessante neste campo: a tela multitoque. Nas antigas telas de toque, o dedo funciona como clique do mouse e, portanto, não é possível fazer duas coisas ao mesmo tempo na tela, mas isto está mudando e já começam a chegar no mercado produtos e programas preparados para interpretar vários toques ao mesmo tempo, inclusive tendo comandos gestuais pré-programados.

Isso, claro, não se restringe a pequenos equipamentos como os celulares e as câmeras e os programas que rodam neles. A Microsoft, por exemplo, mostrou há um tempo o Surface, equipamento no formato de uma mesa no qual o monitor fica no tampo, onde o usuário pode interagir livremente com o que está na tela. Veja no site alguns vídeos mostrando as capacidades impressionantes dele.

Como eu já disse, não é apenas o hardware que está evoluindo, mas os softwares também. Tempos atrás eu vi no blog do Tiago Frossard, o Nuss... E Agora?, um vídeo espetacular que mostra uma nova versão do jogo Warcraft, no qual o jogador controla os personagens através de uma tela multitoque e - pasmem! - comandos de voz. É simplesmente impressionante.

Eu, que estou pensando em dar uma incrementada no meu computador no ano que vem, já estou pensando na possibilidade de meus próximos monitores serem sensíveis ao toque, se o preço já tiver caído a níveis aceitáveis, ainda mais porque o próximo Windows, que vai ser lançado em breve, já tem suporte para telas multitoque.

O que já não deixa dúvidas é que as telas de toque estão chegando de vez, e pra ficar.

Reforma de Casa: Pagando a Mão de Obra

Lição primordial na hora de lidar com qualquer mão de obra que você vá contratar para trabalhar na sua casa: nunca, eu disse NUNCA, solte mais da metade do dinheiro. E, mais ainda, tente soltar o menos possível. Se mesmo quando a coisa ainda não está paga eles enrolam, imagine pagando.

A explicação é simples e direta: assim que você terminar de pagar, a mão de obra some, mesmo que o que falte para ser feito seja apenas um mísero detalhe. Eu já me estrepei com isso. Teve um pedreiro que não fez o acabamento da janela e o rapaz das janelas de alumínio ficou me devendo um vidro durante mais de um mês.

Ah, e outra coisa: recibo. Sempre pegue recibo.

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Leia toda a série sobre reforma de casa.

Livro Onde Perdemos Tudo, de Alex Castro

Alguns meses atrás eu li mais um dos livros de Alex Castro, o Onde Perdemos Tudo, coletânea de contos relacionados com perdas. Vendido apenas em formato PDF, o livro é uma brisa para ser lido e uma ótima opção de leitura.

A Morte do Meu Cachorro relata o fim de uma amizade, coisa que qualquer um já passou. Não é o fim de uma amizade por causa de brigas, mas sim pela afastamento natural que costuma acontecer em nossas vidas, que termina transformando em diferentes duas pessoas que costumavam ser iguais. É interessante, mas não o melhor.

A Porta fala da morte, da perda de alguém querido. É bem surreal e ficcional. Legal pra caramba.

Onde Perdemos Tudo conta a história de um casal que se separou porque ele decidiu terminar a relação e então mandou uma carta para ela, que estava nos Estados Unidos, contando sua decisão. Ela, longe, não pôde argumentar. Nisso escreveu um conto, Onde Perdemos Tudo, que conta uma história fictícia baseada em sua própria, e o inclui em um livro de contos. Eles se reencontram cinco anos depois e lavam a roupa suja. Excelente.

Quando Morrem os Pêssegos: Um policial vai à casa de uma mulher para avisar que seu ex-marido acabara de morrer em um acidente de carro. O desenrolar traz uma surpresa que não posso contar. É preciso ler. Só posso dizer que Quando Morrem os Pêssegos é o nome de um livro.

A Falta Que Nos Fazem os Figos: Um escritor descobre que escreveu um conto, A Falta Que Nos Fazem os Figos, que é exatamente igual ao que um escritor, Jácome Gol, tinha escrito 70 anos antes. Ele começa a pesquisar a vida deste escritor e acaba acreditando que é a reencarnação dele. O texto leva o leitor a pensar que o narrador é o próprio Alex Castro, dada as semelhanças com a sua história. Um detalhe interessante e que mostra como Alex é bom é que Jácome Gol é o autor de Quando Morrem os Pêssegos, livro do texto anterior, e A Falta Que Nos Fazem os Figos faz parte deste livro.

Onde Perdemos Tudo é cria da Os Viralata e está sendo vendido no site por apenas R$ 10,00. E você nem paga o frete, pois o pdf cai direto em sua caixa de mensagens. Não perca tempo e compre logo o seu!

Eu já falei de Alex Castro outras vezes e não me canso de repetir: o cara é bom demais e se você ainda não acompanha o blog dele, está desperdiçando uma parte da sua vida.

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Outros artigos sobre Alex Castro:
Livro Liberal, Libertário, Libertino
Livro Radical, Rebelde, Revolucionário