50 Semanas de Rock - Pink Floyd

Por duas vezes na minha vida eu tentei ouvir Pink Floyd e não consegui. Sempre achei muito chato pra demais da conta, e as 50 Semanas de Rock eram a última chance da banda para eu ver se gostava do som dos caras.

Depois de três discos deles (Dark Side of the Moon, Wish You Were Here e The Wall) minha opinião sobre a banda melhorou bastante: os caras eram realmente bons, muito bons, mas sofriam do grave problema de inventar maluquices.

Nestas suas maluquices eles tinham um pouco do pior de tudo que já encontrei nas 50 semanas até aqui: os sons desconexos e sem sentido de Frank Zappa, o lenga lenga interminável de Focus e o excesso de solos extravagantes do Jethro Tull.

Um exemplo disso é a introdução de Time. Tudo bem que aquele monte de relógio batendo, despertando, fazendo barulho, coisa e tal, tem a ver com a música, mas não deixa de ser chato. Se não fosse por isso, Time seria ainda melhor do que já é.

Mas ao mesmo tempo a banda tem ótimos e espetaculares momentos, como The Great Gig in the Sky, Comfortably Numb, a primeira parte de Shine on You Crazy Diamond e, claro, as clássicas e famosíssimas Wish You Were Here e Another Brick in the Wall.

Outra coisa interessante dos discos deles é que suas músicas são todas interligadas, formando uma obra só, tipo o Sgt Peeper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Este é um recurso interessante, que hoje em dia não se vê mais.

Pois bem, nesta terceira tentativa até consegui gostar de Pink Floyd, mas só recomendo em doses homeopáticas, e muito bem escolhidas.

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